Reforma da Previdência: Desigualdade e estagnação

Estudo publicado por pesquisadores da UFMG e da USP alerta para o risco de apostar tudo no aumento da confiança dos agentes privados

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Piora a desigualdade em impactar o crescimento (Imagem: Pixabay)

Se não aumentar o nível de investimento do país, a reforma da Previdência tende a ser contracionista, isto é, a impactar negativamente o crescimento da economia, além de piorar o quadro de desigualdade no Brasil, afirmam pesquisadores da UFMG e da USP, que publicaram recentemente projeções sobre o tema.

Acompanhe a votação na Câmara

https://aseapprevs.com.br/camara-aprova-em-segundo-turno-a-reforma-da-previdencia/

Para eles, o debate sobre a reforma da Previdência é excessivamente pautado na poupança que ela deve gerar para o governo – o cálculo divulgado é de quase 1 trilhão de reais em dez anos. Eles defendem que é preciso considerar também os efeitos que os cortes de benefícios teriam sobre a renda das famílias e aqueles que, por sua vez, a redução da renda teria sobre consumo e investimentos.

Risco em aposta na atração externa

Além disso, segundo os pesquisadores, é arriscado apostar que apenas a reforma da Previdência será capaz de provocar a retomada da confiança dos agentes privados, um dos principais argumentos em que está baseada a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que foi aprovada em primeiro turno na Câmara dos Deputados.

“Não existe consenso sobre a resposta a uma medida como essa na forma de investimento. Os estudos empíricos sobre a resposta do investimento ao aumento de confiança são escassos e têm resultados ambíguos”, alerta a professora Débora Freire Cardoso, da Faculdade de Ciências Econômicas (Face) da UFMG.

https://riaambrasil.org.br/reforma-da-previdencia-aumenta-as-desigualdades/

(* A íntegra, os cenários e os gráficos do estudo estão no link abaixo

https://ufmg.br/comunicacao/noticias/reforma-da-previdencia-sem-investimentos-prejudica-economia-e-pode-aumentar-desigualdade

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