Sonegação à Previdência chega a R$ 600 bi por ano

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Sonegação é que dá prejuízos à Previdência (Imagem: Pixabay)

Números do governo sustentam que a Previdência Social no país terá este ano um rombo de R$ 290 bilhões. E, por isso, a “reforma” da Previdência seria urgente, sem o que a seguridade social corre riscos e pode perder o equilíbrio financeiro, deixando pessoas sem aposentadoria nos próximos anos. Essa é uma ladainha ouvida à exaustão nos grandes meios de comunicação no país, empenhados em promover a reforma.

Enquanto esse discurso prolifera, o setor financeiro se apropria de recursos públicos por meio dos títulos da dívida e permanece incólume frente a uma dívida pública que tem sua legitimidade questionada. E dívidas bilionárias resultantes de sonegação de contribuições à Previdência seguem intocadas.

Reforma da Previdência traz consequências imprevisíveis

Segundo o assessor de Assuntos Econômicos da Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Anfip), Vanderley José Maçaneiro, é importante conhecer esse histórico para poder avaliar as consequências das medidas que estão sendo tomadas hoje.

“Quando os trabalhadores, principalmente os mais pobres, aqueles que não têm uma frequência de carteira assinada, forem se aposentar, vão perceber que só vão conseguir parar de trabalhar aos 70 ou 75 anos de idade. “

“Quando os trabalhadores, principalmente os mais pobres, aqueles que não têm uma frequência de carteira assinada, forem se aposentar, vão perceber que só vão conseguir parar de trabalhar aos 70 ou 75 anos de idade. E quando forem olhar o valor do seu benefício, vão verificar que corresponderá somente a 60% da média de toda a sua história laboral. Essa reforma terá um efeito nocivo devastador, principalmente ao trabalhador menos qualificado, que tem piores condições de trabalho, muitas vezes em ambientes nocivos”, destacou Maçaneiro.

https://riaambrasil.org.br/senado-debate-a-reforma-da-previdencia/

O senador Paim mostrou-se preocupado especialmente com a situação dos trabalhadores em atividades insalubres e perigosas, que têm tempo máximo para trabalhar nesses tipos de emprego, mas também precisarão cumprir idade mínima. Com a reforma, poderá haver uma lacuna entre o limite máximo de atuação na atividade e o mínimo de idade a ser cumprido para ter direito ao benefício, situação preocupante na avaliação do senador.

(* Com informações da Agência Senado e da Anfip)

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