91% dos chilenos consideram previdência privada, sonho do ministro da Economia, Paulo Guedes, o pior problema do país
O instituto de pesquisas chileno Termômetro Social publicou, recentemente, uma pesquisa de opinião sobre a crise social e política. Uma das perguntas focou os principais problemas sociais existentes no país. Lembrando que os neoliberais consideravam, até há pouco, a Suíça da América Latina ou o modelo neoliberal que deu certo.
As entrevistas citavam diferentes aspectos sociais e pedia para estabelecer em uma escala de 1 a 10 o nível de insatisfação com o tema. O que teve o pior resultado foi o sistema previdenciário chileno, indicado com nível máximo de insatisfação por 91% dos chilenos.
O sistema de previdência do Chile foi privatizado nos Anos 80, durante a ditadura e passou a ser administrado por empresas do setor financeiro, através de um modelo de capitalização individual. É exatamente esse modelo, que é repudiado pela quase unanimidade dos chilenos, que o ministro da Economia de Jair Bolsonaro, Paulo Guedes pretende impor no Brasil.
A pesquisa mostra que as manifestações realizadas no Chile contam com altíssimo apoio popular: 85% das pessoas concordam com a mobilização e 56% afirmam já ter participado de ao menos um ato. Além disso, 80% das pessoas se disseram a favor da elaboração de uma nova constituição, que é considerada uma das principais demandas dos movimentos, dado que ainda está vigente a carta magna imposta pelo ditador Augusto Pinochet em 1980.
Os que disseram estar contra uma mudança constitucional foram apenas 7%. Além disso, 66% disseram considerar esta a questão política mais importante do país neste momento.
(*Com informações da Fórum e do Sul21 – veja mais no link abaixo