Greve geral: franceses vão às ruas para defender a Previdência. O aumento do período de contribuição para os trabalhadores mais velhos não liberará vagas para os que estão ingressando
Em artigo especial para o jornal ‘Brasil de Fato’, a francesa Florence Poznanski detalha os movimentos e manifestações contra a reforma da Previdência na França.
Segundo ela: “O ministério da educação nacional avaliou que cerca da metade dos professores do ensino básico aderiram à greve. O setor de transporte também entrou massivamente na mobilização. Nove das 14 linhas de metrô de Paris não funcionaram e a rede nacional de trens regionais e nacionais funcionou com um nível médio de 10% a 15% de sua frequência normal.
Além desses setores tradicionalmente mais mobilizados, também aderiram de maneira mais inédita setores do ramo privado, como o setor da produção do comércio”.
Ela também explica como funciona a aposentadoria na França.
“Como no Brasil, o sistema de aposentadoria funciona no princípio da repartição e da solidariedade coletiva, como um fundo universal que recebe as contribuições de todos os trabalhadores para ser redistribuído aos aposentados.”
“Um trabalhador a cada dois, alcança os 62 anos em situação de desemprego, doença ou outra inaptidão”
Florence também traça, em seu artigo, aspectos como a precarização do trabalho, o desemprego dos jovens e questões como a capitalização – modelo que ainda insistem em implantar no Brasil.
Florence é francesa, residente no Brasil, mestre em Ciência Política e comunicadora. É membro da direção nacional do partido de esquerda Francia Insumisa.
(A íntegra do artigo pode ser lida no link abaixo