Envelhecimento sem proteção social

Entre 2019 e 2030, a população de 60 anos ou mais na América Latina aumentará 4,3% a cada ano.

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Até 2030, os idosos da região serão 118 milhões (Imagem: Pixabay)

Segundo artigo publicado recentemente pela Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL), em 2019 havia 84,9 milhões de idosos na América Latina e no Caribe, ou seja, 13% da população regional tinha 60 anos ou mais. Até 2030, os idosos da região serão 118 milhões, representando 16,7% da população total.

Esse percentual aumentará ainda mais até 2050 (entre 2030 e 2050, o crescimento será de 2,4%) e, nesse ano, haverá aproximadamente 190 milhões de latino-americanos mais velhos: 25% da população.

Os idosos são o segmento populacional de mais rápido crescimento na região, principalmente aqueles com mais de 80 anos, faixa etária que registrará uma taxa de crescimento de 4,1% entre 2030 e 2050.

ACESSO À SAÚDE, PILAR BÁSICO DA PROTEÇÃO SOCIAL

Na região, é indiscutível o aumento dos cuidados de saúde para idosos. No entanto, como declara a CEPAL, “ainda existem poucos países que cumprem suas obrigações relacionadas aos padrões internacionais de direitos humanos”.

Portanto, é necessário que os países latino-americanos gerem mecanismos que permitam aumentar a proteção social de sua população durante a velhice, principalmente nas mulheres e na população rural.

O envelhecimento traz consigo doenças e incapacidades crônicas, gerando situações de dependência e necessidade de cuidados. Além disso, a cobertura previdenciária da população empregada é “muito desigual, o que aumenta as chances de proteção econômica para as gerações futuras”.

Sem cobertura previdenciária ou renda própria, milhões de idosos estão em situações graves de falta de proteção e vulnerabilidade.

SEM PENSÃO OU TRABALHO

Segundo a publicação da CEPAL, mais de 17,8% das mulheres adultas mais velhas não têm renda própria, ou seja, mais de 6 milhões de mulheres idosas.

Pior ainda, em toda a região, “grande parte dos idosos não tem acesso a pensões de velhice que lhes garantem proteção contra os riscos de perda de renda na velhice”.

Os maiores aumentos na cobertura de pensão contributiva na região foram no Peru (19,6%), Equador (22,1%), México (25,6%), Paraguai (27,1%) e Panamá (32,2%).


(* Com informações do site ‘La cuestión Social em México – original em espanhol no link abaixo


https://riaambrasil.org.br/idosos-com-depressao/

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