Reforma da Previdência na França

Governo Macron quer implementar reforma do sistema previdenciário que inclui, entre outras medidas, elevar a idade mínima de aposentadoria para 64 anos. Mas maioria da população é contra, inclusive alguns economistas.O primeiro dia de protestos contra a reforma da Previdência almejada pelo governo francês pode ser um mau presságio para o presidente da França, Emmanuel Macron. Em 19 de janeiro, pelo menos 80 mil cidadãos foram às ruas em Paris, cerca de 2 milhões em quase todo o país, na maior avalanche de manifestantes na França dos últimos dez anos.

Entre as palavras de ordem entoadas há uma provocação ao presidente francês; “On est là, on est là, même si Macron ne veut pas, on est là” (“Estamos lá, mesmo se Macron não quiser”). Isso porque, embora o governo insista que a reforma previdenciária é absolutamente necessária, muitos franceses são contra os planos – inclusive alguns economistas.


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Segundo pesquisas, está em franco crescimento a parcela dos franceses também contrários à reforma previdenciária: segundo a enquete mais recente, eles seriam quase 70% da população francesa.


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Como é a aposentadoria na França

Ao contrário de outros países, como a Alemanha, a França possui um sistema de repartição puro, sem elementos de provisão privada. Existem fundos comuns de pensões para trabalhadores e funcionários públicos, e 27 fundos especiais, por exemplo, para bailarinos da Ópera de Paris e policiais, que se aposentam mais cedo.

O governo francês quer aumentar a idade mínima de aposentadoria de 62 para 64 anos até 2030. Além disso, a partir de 2027, para receber pensão integral seria necessário ter trabalhado pelo menos 43 anos, em vez de 42. Em todo caso, mantêm-se o direito à pensão proporcional a partir dos 67 anos.

A reforma garantiria uma aposentadoria antecipada para quem começasse a trabalhar muito cedo e manteria alguns fundos especiais, abolindo outros. Macron também planeja aumentar em 100 euros a pensão mínima, para cerca de 1.200 euros por mês.


(* Com informações da IstoÉ Dinheiro – Entenda mais e leia opinião de especialistas aqui )


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