A reforma da Previdência de Jair Bolsonaro (PSL), com previsão para ser votada no Senado este mês, vem sendo duramente criticada por pesquisadores, parlamentares de oposição e movimentos populares. Na interpretação do professor do Instituto de Economia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) Eduardo Fagnani, a aprovação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 6/2019 representaria o fim da seguridade social – um conjunto de políticas cuja finalidade é amparar e assistir, constitucionalmente, o cidadão e sua família em situações de envelhecimento, doença e desemprego.
Constituição no lixo
Para Fagnani, o desmonte da seguridade social é o mesmo que “pegar a Constituição e jogar na lata do lixo”. Esse processo, segundo ele, poderia levar à destruição da vida de milhões de brasileiros e impactar negativamente em uma economia que já está em crise.
A análise do professor está detalhada no livro “Previdência: o debate desonesto – subsídios para a ação social e parlamentar: pontos inaceitáveis da reforma de Bolsonaro”, que será lançado no próximo dia 10 pela Editora Contracorrente. Na obra, Fagnani explica os mitos em torno da reforma da Previdência e defende a tese de que ela ameaça a sobrevivência da democracia.
Em entrevista ao Brasil de Fato, Fagnani explica por que a reforma da Previdência aprofunda a crise econômica, as desigualdades sociais e a violência.
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