Após mudar regras, governo quer entregar aposentadoria aos bancos pelo chamado regime de capitalização
O governo de Jair Bolsonaro (PSL) trabalha para manter viva a proposta de um sistema de capitalização individual para as aposentadorias dos brasileiros. Após sofrer resistência de parlamentares, a ideia de privatizar a Previdência Social foi retirada da reforma, após sua tramitação no Senado.
Com a capitalização, o trabalhador seria o único responsável por fazer uma poupança, vinculada aos bancos, para a aposentadoria. Pelo sistema atual – o modelo solidário – empregadores e governo também contribuem.
Guedes não desiste da aprovação
O plano do governo é, após a aprovação da reforma no Senado, retomar o projeto de capitalização. A Secretaria Especial de Previdência Social e Trabalho informou, em nota, ao Brasil de Fato que “avalia a conveniência de retomar o debate de criação de um sistema de capitalização”. O secretário de Previdência Social e Trabalho, Leonardo Rolim, disse em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, que é preciso criar um sistema de capitalização “quanto antes, melhor”.
De 193 países, apenas 30 privatizaram seus sistemas de Previdência Social, segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT). Desses países, 18 já reverteram a privatização para o modelo estatal.
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